03/01/2016

SINDROME DE WERNICKE - KORSAKOFF

Síndrome de Wernicke - Korsakoff – É um distúrbio neurológico tendo como fator causador a carência de vitamina B1, por problemas alimentares ou excesso de álcool. Pode ser causado por um mau balanceamento da alimentação, ou distúrbios de absorção entre outros causando carência da tiamina. A disfunção hepática acentua os efeitos tóxicos do álcool sobre o cérebro através de um desequilíbrio no metabolismo de aminoácidos.

   Os sintomas iniciam-se com anormalidades oculares, ataxia e estado confusional global. Na observação é imprescindível levar em conta o histórico anterior que é marcado por distúrbios nutricionais, emagrecimento, apatia e sonolência associando-se a distúrbios psíquicos e neurológicos. A síndrome consiste em alterações mentais, distúrbios da marcha e anomalias dos movimentos oculares. As manifestações mentais consistem em estados de confusão global que se instala em dias ou semanas. A pessoa fica desatenta, indiferente e desorientada, diminuição da fala espontânea, sonolências e falahas na memória; são frequentes os distubios perceptivos.

   Observa-se apatia, falta de atenção, inabilidade para concentrar-se, lentidão mental ou agitação, oftalmoplegia, ataxia, distúrbios mentais hipersonia evoluindo para um estado confusional mental (desorientação de tempo, espaço e outros...) quando acentuado pode evoluir para um coma.

   A neuropatia periférica está comumente associada com a doença de Wernicke, ocorrem também alterações cardiovasculares tais como taquicardia, hipotensão postural e anormalidades eletrocardiográficas. Em estágios avançados a pessoa pode sentir dificuldade para discriminação de odores.

   Juntamente com a desorientação de tempo, espaço...há de se descrever também a dificuldade de equilíbrio em função da disfunção vestibular; as alterações serão a nível de oculomotricidade surgindo nistagmo, paralisias, oftalmoplegia internuclear. Em função da deficiência nutricional há sinais que evidenciam a doença como língua vermelha, alterações da pele, quielite ou doença hepática.

   Caso venha a ter fase crônica esta será demarcada por atrofia cerebral. Observar diagnóstico diferencial.

O prognóstico não é bom levando-se em conta que uma alta porcentagem começa a apresentar desordem crônica de memória. A recuperação dos sintomas amnésicos é lenta. Em casos raros existe uma melhora cognitiva significativa, para o tratamento iniciar imediatamente a administração de tiamina.